Insatisfeito. Reclama.
Um gemido. Pobre amigo.
As pernas ficam bambas.
O grunhido já é rugido.
Não há “pernas pra que te quero”
Porque nem pernas já não há.
O rugido do leão ganha força.

O corpo frágil estremece.
O que ele espera?
Talvez seja o tempo.
Que logo vem e ele adormece.
O amanhã vai vir.
O leão continua o seu rugir.
Em meio a tanto desperdício, pastos, terras.
Ainda sofrem e morrem tantos pela fera.
Devoradora. Cruel. Aos poucos a vida consome.
Fera voraz. Fera Fome!