Sejam vem vindos! Comentem!

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Casinha no meio do mato


Naquela casinha no meio do mato
Já fui feliz!
Pequenos períodos ali vividos.
Grandes momentos jamais esquecidos!
Naquela casinha no meio do mato...
Quem mais já foi feliz?
Num corre-corre desenfreado,
pulos, sorrisos e abraços.
Numa tal casinha no meio do mato,
muitos foram felizes!
Uma casa de farinha,
que virava espaço-naves,
parque de diversões,
e outras tantas coisas imagináveis.
Naquela casinha no meio do mato,
quantos já foram felizes?
Uma laranjeira do tronco ocado que vivia de amor,
sucumbiu pela ausência: definhou.
Passáros, gados, galinhas enfim,
fazendo orquesta de sons ecoando na imensidão.
Cuscuz, cafézinho, leite e requeijão.
Naquela casinha no meio do mato,
tem quem foi feliz!
Com ou sem energia: tanto faz!
O ambiente harmonioso é o que satisfaz.
Ah! Se ela pudesse falar!
Hoje a casinha entregue aos matos
Ainda nos faz feliz!
Nostalgia, fotos, lembranças,
histórias, contos de velhos e crianças.
Os cabelos brancos não se veem mais,
Mas é eterna a saudade.
Naquela casinha no meio do mato.
Nossa família é feliz!

sábado, 11 de agosto de 2018

O CONTO DO POSSÍVEL

Em certa feita andava um homem
de nome curioso e chamativo
Sr. DESAFIO apresentara
todo pomposo e altivo.
Do outro lado a dona HISTÓRIA
Experiente nem lhe olhava
mas cedendo aos caprichos do galante
logo uma criança esperava.
Desde cedo não teve dúvidas
e um nome lhe concedeu
OPORTUNIDADE será chamada
por todos que forem seus.
Mas que família inusitada
Cheia de surpresa a cada dia
É menino! O Desafio gritava
E DIFÍCIL será o seu nome.
A HISTÓRIA gêmeos esperava.
Um casal de esperança.
A data do hoje foi o nascimento,
é audível o choro das crianças.
O DIFÍCIL é ranzinza.
No futuro um velho brincalhão
Todo marrento na saia da HISTÓRIA,
mas sempre termina com um sorrisão.
A OPORTUNIDADE é um tanto sonsa,
em seu canto bem
discreta.
Se lhe olham, ela olha
Se lhe falam, ela conversa.
Seu pais orgulhos observam
o dia a dia de seus filhos
Na idade do tempo ainda flertam.
Se comunicam e dão as mãos.
Planejam outra pequena
em belos sonhos de cena futurista.
De perfil persistente e cativante
a ser chamada de CONQUISTA.
Eles dizem que nos conhecem,
mas nós não os visitamos
E que muitas vezes se entristecem
Com a nossa solidão.
Convidaram para estarmos
sentados com eles em comunhão.
Pois cada um poderia nos ensinar
uma diferente e valiosa lição!

Foi um tempo distantes das palavras, mas as palavras bem próximas a mim.  Pouco a pouco retomando aquilo que sempre me pertenceu: a ideia, os sentimentos, o aprendizado... Tudo graças a Deus! Espero que possa promover um pouco em ti, do que as palavras me provocam.... 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Fera Fome

Um grunhido!
Insatisfeito. Reclama.
Um gemido. Pobre amigo.
As pernas ficam bambas.
O grunhido já é rugido.
Não há “pernas pra que te quero”
Porque nem pernas já não há.
O rugido do leão ganha força.
O corpo frágil estremece.
O que ele espera?
Talvez seja o tempo.
Que logo vem e ele adormece.
O amanhã vai vir.
O leão continua o seu rugir.
Em meio a tanto desperdício, pastos, terras.
Ainda sofrem e morrem tantos pela fera.
Devoradora. Cruel. Aos poucos a vida consome.
Fera voraz. Fera Fome!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Chaveiro

Fico bem em seus lençóis.
Conheço o futuro desse olhar.
Sei a que ele nos leva.
Naquele momento a sós.
Em silêncio a verdade se revela.
Tem amor no ar. Pode senti-lo?
Vem pra perto!
Tira essa máscara.
Não sou seu chaveiro.
Apesar de querer estar com suas chaves.
Por um minuto pode esquecer seu personagem?
Pode ser a que sussurrou em meu ouvido?
“Te amo, meu querido!”
Esqueça do mundo.
Desse papo de amigo.
Brigamos, se isto for preciso.
Pode despir-se dessa fantasia.
Como na noite passada toda felina.
Despiu-se de seus medos em prol do desejo.
Despiu-se das vestes incomodas
Dos pudores tradicionais.
Os valores tinham outro sentido,
contidos em sussurros inexplicáveis.
Já sai do estande de prova.
Agora, e só se for agora,
Decida, pois do seu bolso estou indo embora.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Minha Peleja

Há uma peleja interna
Brigam: id e super ego.
O ego mediador está totalmente indeciso.
A carne é saborosa.
Mas o sabor é de uma vida.
A batalha penosa ganha força.
Com projeção de durabilidade.
O id diz que quer.
O super ego diz que não pode.
O ego não sabe se fica ou foge.
Na fuga da realidade,
recaio em sonhos de horizonte sem fim.
Trago pra mim dias felizes.
Na solidão do meu quarto,
nos sonhos aconchegantes dos teus braços.
O sereno do final do dia,
limpa toda a agonia das frustrações.
Na mistura de sonhos e realidade.
Perco-me nas minhas verdades.
Vivo uma vida de sonhos.
Sonho com um sonho de vida.

Referência:
Imagem Charge: http://oobservadoradm.blogspot.com.br/2011/06/nos-primeiros-trabalhos-freud-sugeria.html

terça-feira, 27 de março de 2012

Medo de Mim

Estou com medo.
Já não reconheço este homem do espelho.
Ele tem segredos. Estou com medo.
Seu olhar que aos doze puro,
cedeu lugar ao obscuro da flora sexual.
A natureza recatada ganhou asas.
Asas que são podadas antes que ganhem os céus.
Lá de cima o tombo é bem maior.
Quem me garante o pára-quedas?
A força do vento não me tira do chão.
Nunca ao menos sonhei voando.
No máximo caindo. Assustado. Acordado.
O impacto é assombroso.
Mas este homem do espelho é mais corajoso.
Seu ímpeto destemido vê-se ao longe.
Deixe-o no mundo do contrário.
Porque sou humano pecador, mas conheço meus fracos.
Não cedo. O aroma não revela o amargo desse beijo.
Na verdade o homem do espelho é que tem medo.
Porque sei dos seus segredos.
Sou eu que posso e podo suas asas.